domingo, 7 de novembro de 2010

Práticas pedagógicas e TIC






Tecnologias invadem o espaço escolar


Com a inserção das tecnologias no cotidiano escolar vimos que é necessário o professor ter conhecimento dos potenciais educacionais destas, e ser capaz de alternar adequadamente as atividades, com o objetivo de acompanhar a tendência do sistema educacional que, hoje em dia, prioriza o aprendizado que o ensino. Como coloca Imenes:

Admitamos, pois, que os sujeitos autores/produtores em seu cotidiano é que poderão determinar as múltiplas possibilidades e os efeitos das tecnologias, de acordo com os interesses e valores pessoais e coletivos e com as inúmeras maneiras de utilizar cada equipamento. (IMENES, 2002 p.123-124)


Há uma mudança no papel do professor, ele precisa ter iniciativa e encorajar uma participação ativa dos alunos, o que não é fácil, o professor deixar o papel de transmitir o saber e assumir o papel de orientador do aluno em busca do conhecimento.


A maioria dos profissionais da educação como mostrou Abreu com sua pesquisa ainda não se sentem seguro ao fazer uso das tecnologias e se sentem pressionados pelos próprios alunos alegando, que estes, sabem mais do que eles. ”Os alunos, hoje, estão muito bem informados, mais informados, às vezes, que os próprios professores”. (ABREU, 2006, p.170) O que para muitos dos professores entrevistados na sua pesquisa é uma forma de pressão.


A falta de domínio sobre os recursos disponibilizados pelas tecnologias ainda gera uma resistência natural nos professores, os quais estão conscientes que precisam mudar, pois, além de reconhecerem que as tecnologias são importantes para o processo de ensino-aprendizagem também percebem que os alunos têm domínio das novas tecnologias e cobram aulas mais dinâmicas.


Manter-se atualizado, não somente no que se refere ao conhecimento, mas também à tecnologia, parece ser, segundo os depoimentos, uma exigência. Hoje, mais do que nunca, os professores precisam estar bem informados, “conectados”, para acompanhar o ritmo dos alunos. Para tanto, não basta mais recorrer somente às antigas fontes (livros, materiais didáticos, jornais, revistas, etc.), há que ser usuário sistemático da rede. (ABREU, 2006, p.177)


É real que múltiplos instrumentos passam a fazer parte do cotidiano de todos os cidadãos e que cabe ao professor a adaptação e o acompanhamento dessa evolução dinâmica em busca do equilíbrio de trabalhos educacionais mais produtivos.


REFERÊNCIAS:


ABREU, Rosane Albuquerque dos S. "Cabeças digitais" um motivo para revisões na prática docente.São Paulo: Loyola, 2006.

IMENES, Carla. Os espaços/tempos do cotidiano escolar e os usos das tecnologias. in: LEITE, Márcia; FILÉ, Valter (orgs.). Subjetividade, tecnologias e escolas. Rio de Janeiro: DS&A, 2002.

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